12 de julho de 2010

A Garota Ideal

Depois deste filme, eu voltei a acreditar na bondade humana!
A Garota Ideal é um filme que me surpreendeu, pela capa parece ser mais uma comédia romântica, que vai tratar daquele clichê: que pessoas ideias não existem e que devemos estar abertos as pessoas reais e todo aquele blá blá blá de sempre água com açúcar. Então, o filme começa contando a história de Lars, um homem que está com 27 anos, mora perto de sua cunhada e seu irmão, que apostam se ele vai aceitar o convite para almoçar ou jantar com eles. Sua cunhada está preocupada, pois ele parece ser muito solitário. Ele vai a igreja, e lá uma senhora lhe dá uma rosa o incentivando a procurar uma menina, já que ele diz não ser gay. Assim que ela vira as costas, ele joga a rosa fora. No seu trabalho a garota nova mostra estar interessada nele, e ele apenas a ignora, e assim segue a sua vida (até aqui eu já estava achando o filme estranho, mas ainda tinha uma tendência muito grande para virar uma simples comédia romântica). Até que, ele compra uma boneca em tamanho real pela internet! Ela chega pelo correio, e ele se arrumar para abrir a caixa, e a leva para um jantar com sua cunhada e seu irmão!


Eles ficam muito chocados, mas aceitam a história e o comportamento estranho de Lars. Ele pede que ela durma na casa deles, pois eles não acreditam em sexo pré-marital. E então, neste momento eu pensava que iriam interna-lo e tudo mais, mas não é o que acontece. Sob o pretexto de levar Bianca (o nome que Lars deu a boneca) ao médico, eles levam Lars junto, que será cuidado pela psicóloga enquanto Bianca descansa do "tratamento". E assim, ela constata que ele parece não ser esquizofrênico, nem nada do tipo, e pede ao seu irmão e cunhada que entrem na dele, enquanto ela tentará identificar qual o motivo da sua alucinação. E assim, a cidade inteira participa da sua alucinação.
Eu confesso que passei o filme todo esperando algum momento de maldade humana, acho que House me contaminou. Mas não é isto que encontrei neste filme.
Encontrei uma reflexão sobre como olhamos para as outras pessoas e nos dispomos a ajudar, e como lidar com doenças mentais que muitas vezes nos apavoram, e nos levam a criar uma distância das pessoas que as tem. É um filme que fala sobre irmos até onde as pessoas estão para podermos ajudá-las.
Bom, terei acabado com todo o elemento surpresa do filme, mas mesmo assim, assistam!

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