Sobre foco e contentamento

“ Era uma vez um menino chamado Milo que não sabia o que fazer de sua vida – e não apenas quando em quando, mas dia após dia.
Se estava na sala de aula, só pensava em dar o fora; longe dela, queria voltar. A caminho da escola, imaginava como seria bom ir pra casa; voltando pra casa, desejava estar indo par a escola. Onde quer que estivesse, vinha-lhe a vontade de estar em algum outro lugar, mas, lá chegando, achava que o esforço não tinha valido pena.

"Quase tudo me parece uma perda de tempo", pensou certo dia ao caminhar tristonho da escola para casa. "Não entendo de que serve aprender a resolver problemas inúteis, subtrair laranjas de laranjas, saber onde fica a Etiópia ou como se soletra excessão." E, como ninguém se dava ao trabalho de lhe explicar por que isto era importante, considerava os estudos uma enorme perda de tempo.

 Enquanto Milo e seus pensamentos sombrios seguiam rápidos pela rua (pois, embora nunca tivesse grande interesse em estar no lugar pr onde se dirigia, ele gostava de chegar lá tão rápido quanto possível), pareceu-lhe incrível que o mundo, sendo tão grande, às vezes desse a sensação de ser tão pequeno e vazio.”

Tudo depende de como você vê as coisas- Norton Juster

A vida é engraçada, é quando você perde uma coisa, que você percebe o que ela é de fato, e como ela se encaixa e faz todo o resto funcionar...

Eu perdi o foco, estava muito difícil saber o que eu queria, o que eu tinha que fazer, e eu perdia um tempão, porque eu não tinha foco... Aí eu perdi o contentamento também, porque eu percebi que quando não tenho foco, é difícil ficar contente com aquilo que tenho mãos, por que eu posso ter tudo, e também não ter nada...

E então eu me lembrei do começo deste livro que está aí em cima, sobre o Milo, que nunca estava feliz com nada... (Sim, eu sou uma incorrigível fanática por livros infantis, me desculpem, mas estes são os mais inteligentes e belos livros que já li)

E o seu foco?

Ilustração do use o lado direito do cérebro