4 de abril de 2012

Desafio Literário: Escritor Oriental

Há algumas semanas eu estava dando uma volta pela FNAC, quando me deparei com um livro com uma capa muito bonita (sim, tenho fetiche por capa de livro, me julguem) Aí, dei uma olhada e a escritora do livro era coreana, e ainda estava naquela esquema do 20% de desconto por ser lançamento, tcharan achei minha leitura de abril :) Na verdade mesmo, eu tinha em mente pesquisar algum grande escritor oriental, e procurar algum livro dele, mas eu acabei gostando muito deste livro e fiquei feliz de tê-lo lido.

Primeira coisa, a forma narrativa de livro é algo de outro mundo, não sei se faz parte do estilo da escritora, ou se é algo especifico deste livro, mas eu achei bem genial! Não sei descrever para dizer a verdade, mas a história é contada em 5 capítulos, sendo que em 4 deles parece que o narrador está ao mesmo tempo falando com um dos personagens, e mostrando o que ele pensa, sente, suas memorias e tudo mais. É muito bom!
E em segundo, não menos importante, a história é sobre relacionamento entre mãe e filho, quer algo mais universal do que isto? Família, silêncios, solidões, incompreensões, lembranças, sorrisos, comida, cuidado, caminhos, escolhas, culpas e tudo o mais que permeia este universo. A verdade é que não sou mãe, mas todos somos filhos, e esta historia me fez pensar muito na minha mãe, em como não a compreendo, em como a vida dela é algo para mim inatingível, afinal, que filho de fato compreende que a mãe não é apenas mãe? Sabemos disto, mas é algo misterioso.

"Ela gostou da minha historia? Você ficou comovida. Sabia que suas história não era tão boa assim. O fato é que estava falando com sua mãe de modo diferente após a experiencia na Biblioteca Braille. Depois que saiu de casa e foi para a cidade, você sempre falava com Mamãe como se estivesse zangada com ela. Você retrucava o que ela dizia perguntando: "O que a senhora sabe, Mamãe?" "Por que faria isso? Só porque é minha mãe?", você repreendia. "Por que quer saber?", refutava friamente. Depois de perceber que Mamãe não tinha mais poder para repreendê-la, se ela perguntasse "Por que você vai?", você dava uma resposta lacônica: "Porque preciso."(...) Era difícil falar com ela sobre sua vida, que nada tinha a ver com dela."

Por Favor, cuide da Mamãe
Kyung-Sook Shin,
Coreia do Sul, 2008
236 página

http://desafioliterariobyrg.blogspot.com.br/

Um comentário:

  1. Pelo título, pela capa, pelo enredo, parece-me tudo tão singelo ao mesmo tempo que belo. Quero ler!

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