20 de abril de 2012

E a cidade?

Como você vê a cidade? Como eu vejo a cidade? O que dizem sobre as cidades? Porque as pessoas fazem cidades? Cidades! Porque causam tantos problemas, porque juntam tantas opiniões diversas, melhor morar no campo? Porque amam e odeiam a cidade? Porque grafitam as cidades? Porque sujam? Terra de ninguém? Terra de todos? 

Para mim, o centro urbano sempre foi onde encontrei as pessoas, entendi as pessoas, a sua real condição, as dores, opiniões diversas, gentileza, estranhos, medo dos estranhos, e vontade de entender os estranho... Mas como posso compreender as cidades saindo de mim mesma? O que é melhor para as cidades? O que é melhor para as pessoas? O melhor para elas pode ser o que elas não querem? Desencano das suas opiniões e faço prevalecer as minhas? O que é certo? Posso odiar a pos-modernidade por não existir uma resposta certa? Como projetar, pensar e organizar cidades melhores? O que são cidades melhores? Quem habita as cidades melhores? Porque as pessoas exploram umas a outras? 

Acabei de sair de uma aula sobre o subúrbio, e sobre vários problemas das cidades, e não sei, não consigo parar de pensar que eu gostaria de uma resposta, uma resposta para Campinas, para meu distrito, para meu bairro, para a minha rua... Mas eu não sei se eu fiz as perguntas certas, então como encontrar as respostas?

Segundo Dona Wiki: "Uma cidade ou urbe[1] é uma área urbanizada, que se diferencia de vilas e outras entidades urbanas através de vários critérios, os quais incluem populaçãodensidade populacio nal ou estatuto legal, embora sua clara definição não seja precisa, sendo alvo de discussões diversas." (grifo meu).

Aí eu lembrei de um trecho que li em um blog, o Urbanamente, quando eu ainda estava estudando para prestar o vestibular:
"Estamos no século XXI e muita gente ainda espera o plano mágico, saído da cartola, que vai resolver todos os problemas urbanos e arrumar a cidade de uma vez por todas. Eu repito incontáveis vezes todos os semestres, para espanto e decepção de alguns alunos, que isso é impossível, esperar por isso é garantia de frustração. É preciso se conscientizar que tudo muda, o tempo todo, nada permanece. Tudo é dinâmico, está em movimento.
E foi aí, que estava eu caraminholando e me veio a imagem de uma menina de cabelos longos e revoltos, uma menina sapeca, agitada, que não pára quieta. Imagina que você pretenda pentear os cabelos dessa menina, fazer uma trança bonita, dar ordem no desmazelo daquela cara afogueada. Teoricamente (eu disse teoricamente) você conseguiria até fazer sossegar essa menina por alguns minutos e arrumar o penteado. Não acredito que dure, mas vá lá que por tempo suficiente para tirar uma foto.
Uma cidade é uma menina assim. Arisca. Mas que não adianta porque ela não parará nem sequer por um segundo para que você a penteie. É preciso amá-la enquanto ela se mexe. Às vezes desgrenhada, às vezes de vestido novo que se suja em seguida. Melhor ainda: amá-la exatamente por conta disso, dessa sua capacidade inesgotável de se transmutar, de envelhecer, de renascer, de ser muitas faces numa só."

Sei lá, pode parecer piegas, mas talvez seja isto mesmo!

dando uma ajeitadinha

Um cidade está sempre em reforma, e mesmo assim aberta...

Um comentário:

  1. Gostei Mi!!
    A cidade não muda em características, aqui ou na França, vai continuar sendo hipoteticamente a mesma cidade!

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