14 de junho de 2012

Nossa maior tragédia

é enxergar todas as desigualdades, e não conseguirmos viver de forma a negar todas elas.
é saber que crianças costuram seu tênis na china, e mesmo assim querer a cor nova da próxima estação.
saber que as peças do seu computador entraram de forma ilegal no país, não pagaram imposto e apenas trouxeram lucro a alguém, e mesmo assim ir na rua ilegal comprar mais barato.
saber que naquele fast food as pessoas são mal tratadas, mas não resistir ao lanche.
saber que o carro polui, causa congestionamento, mas sonhar com os 18 anos e um carro de presente dos pais.
saber das desigualdades e preconceitos, que levam a exclusão e violência, mas não aceitar as diferenças de ideias, religião, partido, cor preferida e time de futebol.
saber que todos somos muito mais do que a imagem que passamos, mas não deixar de (nos) julgar da mesma maneira.

A nossa maior tragédia talvez seja o fato de saber, saber, saber, ter todo o conhecimento, e este conhecimento estar tão desligado da prática. ter o grande oraculo Google para todas as soluções, e muitas vezes não sabermos as perguntas certas. 

E trazendo aqui uma citação démodé talvez, por ter tirado de um livro bíblico, mas que penso falar desta grande tragédia:

"E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.
Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; Porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era. Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecidiço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito. "
Tiago 1:22-25

Nenhum comentário:

Postar um comentário